10 de fev. de 2011

imbranata

o destino está sempre a postos. ontem adormeci a pensar numa certa pessoa. desde que lhe pus os olhos em cima que voltei às paixonetas da adolescência. não tem nada a ver com amor, no entanto, é bem mais saudável do que isso. faz-me feliz poder pensar noutro alguém, como se fosse possível vir a amar outra pessoa. quando a minha avó chegou a casa e disse:
- adivinha quem estava na farmácia?
- ele?!
fiquei histérica, pulei, dancei com a minha irmã, cantei, gritei, bati palmas. tenho que arranjar um pretexto para lá ir. ontem pensei nele, ontem pensei tanto nele! como um escape, um novo second best, mas desta vez tenho que fazer com que as coisas aconteçam. devo estar maluca.

agora, ao pôr chocolate para banho maria, liguei o lume e em vez de colocar a panela da água no bico do fogão, enganei-me e pus a do chocolate directamente. só dei pelo que tinha feito quando começou a cheirar a queimado. pus-me a dizer que estava parva, e a minha irmã, sentada à mesa como sempre, a vigiar os meus cozinhados, disse:
- agora que sabes que ele está ali estás parva, só te ris.
- é verdade.
- é o teu amor?
- o meu amor é outro, mas não me quer, tenho que arranjar quem me queira.
- porque é que ele não te quer?
com um sorriso bem-disposto respondo:
- é um bocado estúpido.
enquanto enchia a panela queimada de água, oiço a minha irmã dizer atrás de mim:
- ah. então e tu gostas de estúpidos?
- (good point ana) nem por isso.

e (como se o destino não estivesse sempre à escuta, aha) começa a tocar a Imbranato, do Tiziano Ferro, na sala.

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