16 de nov. de 2010

I want this to be the one - 1755

«Não houve enterro para os milhares de mortos e a maior parte dos corpos nem sequer foi encontrada. Foram incinerados acidentalmente, devido aos incêndios que varreram a cidade durante 6 dias, outros foram lançados ao Tejo com pesos atados aos pés. O Tejo foi o cemitério que Lisboa não tinha. Para evitar contágios transportava-se o máximo número de cadáveres em batéis e lançavam-nos ao Tejo. No entanto, eles apodreciam ao ar livre na cidade, nas ruínas. Para  Sebastião de Carvalho e Mello era prioritário criar valas comuns para os sepultar a uma profundidade superior ao normal. O Senado da Câmara e o Regedor das Justiças do Reino (Duque de Lafões) decidiram lançar brio e alcatrão sobre os últimos cadáveres que estavam sob as ruínas. Foi uma medida dolorosa para a mentalidade religiosa da época;
As terraplanagens para reconstruir a cidade esconderam os restantes destroços. Até hoje só se encontrou (2004) uma vala comum com vítimas do terramoto. Os mortos foram enterrados sem exéquias religiosas, medida aprovada pelo patriarca de Lisboa e as mais altas entidades religiosas, em prol da emergência. O número de vivos constituía a riqueza de uma cidade;»

pesquisa.

24 Agosto 2010

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