16 de nov. de 2010

sorte na vida...

...Azar no amor.

Isto é um assunto que discutimos há muito, a minha invulgar sorte na vida - e, atenção, isto não significa que tudo corre bem, só quer dizer que tudo ACABA bem. E eu sou a pessoa mais sortuda que conheço, chego a recear o facto de ter consciência disso, talvez fosse preferível não tê-la, mas a lista é mais que muita, não termina...

Perco o mp3 três vezes na mesma semana, e acho-o das três vezes no mesmo lugar.
Perco a carteira num autocarro da TST, vou ao terminar e ela está lá, entalada entre bancos.
Saio de casa, fecho a porta e apercebo-me que me esqueci tanto do passe como da chave de casa e da carteira: entro no autocarro habitual na esperança que estejam lá as minhas amigas e lá estão: pagam a viagem.
Perco o casaco, desço uma rua, dou por falta dele lá no fundo, volto a subi-la e lá está ele, numa bolinha no chão.
Perco a luva no cimo da rua do Alecrim, passo a tarde nos Armazéns do Chiado, saio é noite, chove e, ao descer a rua do Alecrim, reparo numa luva no chão (destaque-se que desta vez não me dei ao trabalho de verificar, mas sim, era a minha).
Estudo um único texto de um livro enorme de gramática. É o único que sai no teste.
E, como estas, tantas outras coisas.

Tenho sorte, sou feliz. A sorte que tenho não parece ter fim, parece, ao invés, fazer parte de mim.

E hoje, num círculo no chão, falávamos de sorte: falávamos do facto de, se calhar, quem tem sorte na vida tem azar no amor. E, após repensar um pouco o assunto, apercebi-me de um pormenor-chave:

Se ter sorte no amor é ter muitos relacionamentos, é apaixonar-me e desapaixonar-me, viver amores correspondidos, um, e outro, e outro...

Então, eu prefiro que venha alguém que seja o TAL, e que seja do primeiro até ao último dia.
E a isto, eu chamo ter sorte na vida.
(desenho by celia)
3 Junho 2010

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