16 de nov. de 2010

vida inacabada

«Nunca desejara tornar-se o personagem principal. Com o tempo, compreendeu que esse papel que todos ambicionam na vida é o mais indesejado. Significa enterrar toda a gente à sua volta e sofrer repetidamente, enquanto se almeja coisas que não se podem alcançar. É como se a vida, o espaço físico em si, fosse um grande palco e os elementos se movessem ao seu redor com o único intuito de fazer o personagem principal interpretar, vergar-se, regozijar-se em júbilo, cair novamente, enfim, viver, quando se fosse outro qualquer se limitaria a passar despercebido»


Demência, C.L.


8 Março 2010

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