16 de nov. de 2010

achei-te

Depois de tanto tempo, achei-te. Foi hoje e, na sequência do que disse anteriormente, só por acaso. Fui parar ao teu grupo, à tua banda, MEDIEVAL, quem diria! Actuações em tantos sítios, crio um my space só para te contactar, és mesmo tu, há o teu nome, há fotos, há geografia a posicionar-te lá. Depois, vou ver o vosso calendário e, para além de Franças, Espanhas, Coimbra, estão letras que me deixam pálida: BTL - 16 de Janeiro. Conheço isto de algum lado, é então que, em letras grandes, corre no cimo do vosso site: Bolsa de Turismo de Lisboa e eu, mais pálida ainda, perco umas quantas lágrimas. Eu NÃO fui. Pego no telemóvel e volto a pousá-lo, ainda começo por preencher o 'para': Márcia. Encontrei-o, ia dizer, mas há tanto para explicar. Encontrei-o, ele esteve AQUI, logo ali, no Parque das Nações, querias tanto que eu fosse, e eu que não quis ir, e ele LÁ. E agora, estou aqui, parva. A passar fotos. Depois, vejo uma foto em que ele está sentado numa pose descontraída e vejo uma aliança na mão direita. Um anel talvez demasiado grosso para ser aliança. Corro para o google e digito "aliança de casamento mão". Parece que é na direita, nem sei, já nem consigo pensar a esta hora. Faço caretas e digo "eu a pensar que o desgraçado estava à minha espera, e ele casado". Quatro anos será suficiente para se conhecer alguém, namorar e casar? Será aquele um anel sem significado, como o que tem na outra mão? Percorro as fotos, são todas dele com vestimentas medievais. Está diferente, está mais velho. Depois apercebo-me da minha cara na fotografia do myspace, estou diferente, estou mais velha.

Enfim... BTL a 16 de Janeiro? Era o destino, se tivesse descoberto antes, era ver-te lá "sem querer", era dizer "P...! Em LISBOA? No mesmo sítio que EU? Numa banda MEDIEVAL?!". Assim, são as dores nas minhas costas, o dia preenchido amanhã, o vosso calendário nu após um jantar algures em Fevereiro e a BTL de Lisboa, à qual não fui.

E depois aparecerá a Márcia, sábia Márcia, com algo como:
- Vês? Tinhas vindo e tinhas visto o rapazito, és parva, nunca vais onde te convido.

E é quando termino de escrever uma coisa como esta que percebo: estou insane, ninguém me conhece, eu não me conheço. Não quero que ninguém me conheça, não quero conhecer ninguém.

Vou dormir.

2 Março 2010

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