Há tanto que não consigo alcançar. Tantos lugares onde não consigo chegar e tanto, tanto ainda por aprender…
Hoje não há pôr-do-sol, são quase três da manhã e ficou-me o conforto de Coldplay. Não consigo ouvir a Fix You sem pensar no verdadeiro sentido de cada palavra. Não há modo como as contornar: fazem todas sentido, mais ainda quando se está mal. Esforço-me por encaixar um enredo qualquer na beleza desta música. Passo em revista os que já criei e acho que, de tão bela, merecia algo ainda maior. Depois apercebo-me, com esta mesma facilidade só porque trilhei os caminhos certos hoje, de que o que escrevo é demasiado sombrio. Se a escrita for o espelho da alma, serei demasiado sombria? Talvez devesse escrever algo que iluminasse tudo o que escrevi até aqui. Talvez devesse deixar de usar casacos pretos e de carregar o lápis nos olhos. Talvez devesse render-me a flores, borboletas e estrelinhas. Talvez, se o fizesse, me saísse um romance inspirador, infantil de tão optimista mas, creio que conseguiria tocar esse ponto, realizável. Talvez deixe de pensar em problemas e obstáculos para continuar este meu percurso, em tudo pessoal, porque os meus escritos com continuidade são somente meus. Perante a beleza desta canção, a sua intensidade, vou imaginar cenas bonitas. Uma mulher, jovem, de cabelos claros e sorriso fácil, brincos delicados nas orelhas, pele leitosa, a passear à beira mar. Geralmente, no que escrevo, como na minha experiência, a mulher caminha eternamente à beira mar e acabo a acção com um comentário amargo que rime com “esperar para sempre”. Desta vez, vou juntar-lhe um jovem, de cabelos escuros e sorriso igualmente fácil, sem brincos, sem pele leitosa, que não passeie pela praia porque não procura: acabou de achar. Vou escrever-lhes um hino à esperança e à felicidade. Vou afastar imagens de sofrimento, de obscuridade, de solidão enquanto acompanho os momentos mais emotivos da música. Ao invés, vou desenhar-lhes o cenário perfeito, a felicidade total, amor incondicional.
É isso, vou alinhavar os pontos desta nova história não com desgraças, não com problemáticas, mas com a simples e única lógica do amor. Daquele que, sendo-o, derruba fronteiras com um sopro.
Hoje não há pôr-do-sol, são quase três da manhã e ficou-me o conforto de Coldplay. Não consigo ouvir a Fix You sem pensar no verdadeiro sentido de cada palavra. Não há modo como as contornar: fazem todas sentido, mais ainda quando se está mal. Esforço-me por encaixar um enredo qualquer na beleza desta música. Passo em revista os que já criei e acho que, de tão bela, merecia algo ainda maior. Depois apercebo-me, com esta mesma facilidade só porque trilhei os caminhos certos hoje, de que o que escrevo é demasiado sombrio. Se a escrita for o espelho da alma, serei demasiado sombria? Talvez devesse escrever algo que iluminasse tudo o que escrevi até aqui. Talvez devesse deixar de usar casacos pretos e de carregar o lápis nos olhos. Talvez devesse render-me a flores, borboletas e estrelinhas. Talvez, se o fizesse, me saísse um romance inspirador, infantil de tão optimista mas, creio que conseguiria tocar esse ponto, realizável. Talvez deixe de pensar em problemas e obstáculos para continuar este meu percurso, em tudo pessoal, porque os meus escritos com continuidade são somente meus. Perante a beleza desta canção, a sua intensidade, vou imaginar cenas bonitas. Uma mulher, jovem, de cabelos claros e sorriso fácil, brincos delicados nas orelhas, pele leitosa, a passear à beira mar. Geralmente, no que escrevo, como na minha experiência, a mulher caminha eternamente à beira mar e acabo a acção com um comentário amargo que rime com “esperar para sempre”. Desta vez, vou juntar-lhe um jovem, de cabelos escuros e sorriso igualmente fácil, sem brincos, sem pele leitosa, que não passeie pela praia porque não procura: acabou de achar. Vou escrever-lhes um hino à esperança e à felicidade. Vou afastar imagens de sofrimento, de obscuridade, de solidão enquanto acompanho os momentos mais emotivos da música. Ao invés, vou desenhar-lhes o cenário perfeito, a felicidade total, amor incondicional.
É isso, vou alinhavar os pontos desta nova história não com desgraças, não com problemáticas, mas com a simples e única lógica do amor. Daquele que, sendo-o, derruba fronteiras com um sopro.
Coldplay - Fix You
(desenho by celia)
20 Abril 2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário